A relação entre alimentação e saúde mental tem sido cada vez mais estudada por pesquisadores, médicos e entidades sociais. Segundo Gustavo Luíz Guilherme Pinto, presidente do IBDSocial, compreender como os alimentos interferem no funcionamento do cérebro é relevante para promover bem-estar emocional e prevenir doenças como ansiedade e depressão. Afinal, o que ingerimos influencia diretamente os neurotransmissores responsáveis pelo nosso humor. Interessado em saber mais sobre? Acompanhe, a seguir.
Qual é a conexão entre alimentação e saúde mental?
Alimentos são fontes de substâncias essenciais para o funcionamento cerebral. Triptofano, ômega-3, vitaminas do complexo B e magnésio, por exemplo, estão diretamente ligados à produção de serotonina, dopamina e outros neurotransmissores que regulam o humor. De acordo com Gustavo Luíz Guilherme Pinto, dietas pobres em nutrientes podem favorecer desequilíbrios emocionais, agravando quadros de ansiedade e depressão.
Além disso, o intestino é hoje reconhecido como um “segundo cérebro”. Ele abriga trilhões de bactérias que, quando em equilíbrio, contribuem para uma comunicação eficaz com o sistema nervoso central. A chamada microbiota intestinal influencia diretamente os níveis de inflamação no organismo, que, por sua vez, estão associados a transtornos mentais. Portanto, um cardápio equilibrado, rico em alimentos naturais e pobres em industrializados, não apenas favorece o corpo fisicamente, mas também tem papel preventivo e terapêutico na saúde emocional.
Quais alimentos ajudam a combater ansiedade e depressão?
Alguns alimentos se destacam por seu potencial em promover equilíbrio emocional. Isso se deve à presença de nutrientes que estimulam a produção de substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar. A seguir, confira uma lista de alimentos que contribuem diretamente para o bom funcionamento do cérebro e podem ajudar na prevenção de distúrbios emocionais:
- Peixes gordurosos: como salmão, sardinha e atum, são ricos em ômega-3, um ácido graxo anti-inflamatório que melhora a comunicação entre as células cerebrais.
- Banana: rica em triptofano e vitamina B6, auxilia na síntese de serotonina.
- Aveia: fonte de carboidratos complexos, promove sensação de saciedade e estabilidade no humor.
- Nozes e castanhas: fornecem selênio, magnésio e gorduras boas, importantes para a função cerebral.
- Espinafre e couve: vegetais folhosos escuros são ricos em ácido fólico, nutriente associado à redução de sintomas depressivos.
- Iogurte natural e kefir: contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal, com efeito direto sobre o sistema nervoso.
- Chocolate amargo: quando consumido com moderação, estimula a liberação de endorfinas e melhora o humor.

Esses alimentos não substituem tratamentos médicos, mas podem ser importantes aliados na estratégia de cuidado com a saúde mental, especialmente quando inseridos em uma dieta equilibrada.
Alimentação ruim pode piorar quadros emocionais?
A ingestão frequente de alimentos ultraprocessados está associada a maiores índices de depressão e ansiedade, como comenta o presidente do IBDSocial, Gustavo Luíz Guilherme Pinto. Refrigerantes, salgadinhos, embutidos e produtos ricos em açúcar e gordura saturada provocam picos de glicose no sangue e favorecem processos inflamatórios no organismo.
Uma vez que o consumo excessivo de substâncias artificiais pode afetar negativamente o equilíbrio da microbiota intestinal e, consequentemente, impactar a produção de neurotransmissores responsáveis pela regulação do humor. Além disso, o hábito de se alimentar de forma desequilibrada está frequentemente ligado a um estilo de vida sedentário, outro fator de risco para o sofrimento psíquico, conforme ressalta Gustavo Luíz Guilherme Pinto.
Como montar uma dieta que favoreça o bem-estar emocional?
Por fim, a construção de uma alimentação voltada ao bem-estar mental passa por escolhas conscientes no dia a dia. É importante priorizar alimentos in natura, diversificar as fontes de nutrientes e manter horários regulares para as refeições. Montar pratos coloridos, incluir frutas, verduras, cereais integrais e proteínas magras é um bom caminho para manter o cérebro bem nutrido.
De acordo com o presidente do IBDSocial, Gustavo Luíz Guilherme Pinto, também é essencial reduzir o consumo de alimentos industrializados, que podem causar inflamações e prejudicar a saúde do sistema nervoso central. Ademais, manter-se hidratado e evitar longos períodos em jejum são práticas simples que fazem diferença no equilíbrio do organismo. Logo, procurar um nutricionista pode ser útil para adaptar o plano alimentar às necessidades específicas de cada pessoa.
A alimentação é uma aliada do equilíbrio emocional
Em conclusão, a relação entre o que comemos e o que sentimos é profunda e respaldada por diversas pesquisas científicas. Assim sendo, alimentos ricos em nutrientes são capazes de influenciar positivamente a saúde mental, favorecendo a prevenção e o controle de transtornos como ansiedade e depressão. Dessa forma, incluir opções saudáveis na rotina, evitar industrializados e manter um estilo de vida equilibrado são ações acessíveis e eficazes para quem busca mais bem-estar.
Autor: Vondern Samsyre