Medalhista de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro e bicampeã mundial, Rafaela Silva ainda não está garantida em Paris 2024. A disputa interna com Jéssica Lima pela vaga brasileira para a categoria até 57kg se acirrou nos últimos meses.
A primeira edição do Panorama Olímpico aborda essa situação envolvendo duas brasileiras que ainda sonham com uma vaga no maior evento esportivo do mundo.
Neste momento, Rafaela Silva é a nona colocada no ranking olímpico da categoria até 57 kg. Após o vice-campeonato no Grand Slam de Antalya, na Turquia, Jéssica Lima pulou para a décima colocação. A diferença entre as duas é de apenas 207 pontos neste momento.
Cada país só pode levar um atleta por categoria para os Jogos Olímpicos. No caso de dois atletas dentro da zona de classificação, a escolha cabe às confederações locais.
A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) tende a privilegiar atletas que estejam em posição para entrar em Paris 2024 como cabeça de chave. É o caso de Rafaela Silva neste momento, já que uma das canadenses do top 8 não poderá competir.
O que pesa a favor de Jéssica Lima é o bom momento. A atleta da Sogipa foi medalhista de prata nos Grand Slams de Antalya e Tóquio. Rafaela Silva foi bronze em Tbilisi, quando foi derrotada pela própria Jéssica Lima nas fases iniciais.
Futuro
A não ser que uma das atletas tenha queda ou crescimento acentuado nos próximos meses, a CBJ terá uma importante decisão a tomar. Em situação parecida, a entidade levou Maria Suelen Altheman em detrimento de Beatriz Souza para Tóquio. O currículo mais recheado e a experiência pesaram na última decisão.
Até os Jogos Olímpicos de Paris, as atletas ainda vão disputar o Mundial de Judô nos Emirados Árabes Unidos. Ainda haverá outras etapas de Grand Slam. Títulos ou boas campanhas podem ser determinantes.
A escolha da CBJ tem que ser oficializada até junho, quando os atletas serão inscritos nos Jogos Olímpicos de Paris. O judô será disputado na Arena Campo de Marte, próximo à Torre Eiffel.